Atração turística de Teófilo Otoni desperta interesse de pesquisadores de outras regiões

Bichos-preguiça que vivem na Praça Tiradentes serão submetidos a exames e avaliação da saúde

 

Na manhã de quinta-feira, 18/01, em uma ação conjunta com o Corpo de Bombeiros, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente recolheu da Praça Tiradentes quatro bichos-preguiça e um filhote, que serão submetidos a exames e estudos laboratoriais. O que motivou a ação foi o interesse de um médico veterinário da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e um biólogo da Fundação Fiocruz em realizar pesquisas nos animais.

O secretário de Meio Ambiente, Adilson Baía(ao centro), acompanhou de perto o trabalho dos pesquisadores
O Secretário de Meio Ambiente, Adilson Baía(ao centro), acompanhou de perto o trabalho dos pesquisadores

O secretário de Meio Ambiente, Adilson Baía, acompanhou tudo de perto e disse que o trabalho dos pesquisadores permitirá o conhecimento atualizado do estado de saúde dos bichos que são patrimônio histórico e atrativo turístico da cidade. “Vale ressaltar que os estudos serão feitos aqui mesmo, em uma clínica veterinária parceira, para que seja resguardada a saúde dos animais e que eles possam, em pouco tempo, estar de volta ao habitat deles que é a Praça Tiradentes”, pontuou o secretário.

Assim que concluírem os estudos, os pesquisadores vão disponibilizar os resultados para a Prefeitura de Teófilo Otoni
´Gregório Almeida é um dos pesquisadores que vão realizar estudos nos animais

De acordo com um dos pesquisadores, o médico Gregório Almeida, a pesquisa visa a coleta de amostras sanguíneas dos bichos-preguiça para investigação de leishmaniose visceral. Eles já desenvolvem estudos dessa doença em preguiças de outras regiões do país. “O que mais nos motivou a analisarmos as espécies habitantes de Teófilo Otoni é justamente as características do local, que não é de floresta. O fato de elas viverem aqui na Praça há anos, nesse ambiente urbano, também é um fator que as diferencia das que vivem em locais silvestres. Então, é bem provável que os resultados dos testes vão dar negativo para o protozoário leishmania”, adiantou Almeida.

O médico explicou que a leishmaniose é transmitida por um mosquito, e que o bicho-preguiça é um possível reservatório de algumas espécies do protozoário causador da doença, ou seja, sem o transmissor não há propagação de leishmaniose. “Saliento que por se tratar de área urbana, é pouco provável que o mosquito transmissor circule por aqui”, destacou Almeida.

Assim que concluírem os estudos, os pesquisadores vão disponibilizar os resultados para a Prefeitura
As pesquisas serão feitas em uma clinica veterinária da cidade para que seja resguardada a saúde dos animais

Assim que concluírem os estudos, os pesquisadores vão disponibilizar os resultados para a Prefeitura de Teófilo Otoni e, provavelmente, vão elaborar uma publicação científica sobre o assunto.

 

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